Manchas: Diagnóstico e prevenção dos distúrbios de pigmentação

As manchas na pele podem aparecer em praticamente qualquer zona do corpo do homem e da mulher, em diversas idades e ter diferentes cores e formas. Caracteriza-se por um excesso, redução ou perda completa de melanina produzida, que dá origem a zonas com mais ou menos pigmentação.

A nossa pele, como já vimos num artigo anterior deste Blog, é constituída por 2 camadas principais: a Epiderme – camada mais superficial constituída por células que vão morrendo, à medida que se aproximam da camada mais superficial visível a olho nu, recobrindo e protegendo o nosso corpo contra agentes externos; e a Derme e Hipoderme onde se encontram todos os outros tipos de células vivas.

Os melanócitos são as células que produzem a melanina e estão localizados na membrana basal, que separa as 2 camadas anteriores. Os queratinócitos, células ricas em queratina, que estão localizadas na mesma membrana que os melanócitos, agem como reservatório de melanina.

Esta pigmentação permite proteger as restantes células da radiação recebida pelo sol, agindo como uma espécie de barreira, que por sua vez pode estimular mais a sua produção.

É um problema de pele bastante comum, mas as manchas não são todas iguais. Podem ser causadas por vários fatores, como a gravidez ou até a toma de determinados medicamentos, e a sua cor pode ir do castanho-escuro ao branco. A sua localização pode ser focal ou difusa consoante a sua causa.

Saber distinguir cada uma delas é essencial para que o tratamento instituído seja o mais eficaz. Aprenda neste artigo a fazê-lo e conheça também alguns dos cuidados que deve ter.

O sol é um dos principais “culpados” pelo excesso de pigmentação e dos efeitos que incomodam principalmente as mulheres. As chamadas manchas de hiperpigmentação e sinais do fotoenvelhecimento da pele, são causadas devido à ação intensa da radiação sobre a melanina que estimulam a produção de pigmento mais escuro.

› Concentram-se nas zonas mais expostas ao sol – face, mãos, ombros, braços e zona do decote;

› Notam-se mais em peles claras;

› São mais comuns nas pessoas que se expõem excessivamente ao sol sem proteção.

Se não houver alterações na cor e no tamanho, tanto os sinais de foto envelhecimento como as manchas de hiperpigmentação são inofensivos. Mas é possível preveni-los e atenuá-los.

Quais as causas das manchas na pele?

Existem várias razões para o aparecimento e agravamento das manchas na pele, tais como:

• Lesões e inflamações na pele;

• Alterações hormonais;

• Exposição excessiva ao sol e/ou sem proteção contra os raios ultravioleta;

• Gravidez;

• Certos medicamentos (por exemplo, anticoncecionais e fotossensibilizantes);

• Envelhecimento cutâneo natural;

• Infeção por fungos;

• Predisposição genética;

• Doenças.

Embora não exista uma causa concreta, alguns fatores parecem favorecer o aparecimento destas manchas nomeadamente:

• Exposição solar - acredita-se que é o fator causal com maior importância;

• Alterações hormonais - gravidez, toma de contracetivos orais ou terapêutica hormonal de substituição;

• Predisposição familiar.

Como distinguir os diferentes tipos de manchas na pele?

1. Melasma

O melasma não é mais do que um tipo de hiperpigmentação, termo técnico que designa as manchas castanhas ou castanho-acinzentadas que aparecem no rosto, mais frequentemente na testa, bochechas, nariz e queixo.

• Tem entre 20 e 50 anos e nota cada vez mais manchas escuras (castanhas ou acinzentadas) na pele, sobretudo nas maçãs do rosto, nariz, testa e buço? Gosta de "apanhar sol", mas esquece-se frequentemente do protetor solar? Até já lhe sugeriram que tinha a pele suja? Provavelmente, tem melasma, um problema não contagioso provocado pela hiperpigmentação (produção excessiva e distribuição irregular de melanina, pigmento que dá cor à pele).

• Cerca de 90% dos casos de melasma ocorrem em mulheres e existe história familiar de melasma em cerca de 40% dos casos.

• Dez por cento dos casos são observados em homens de pele escura e mulheres que não estão grávidas.

• Atenção: as pessoas com tom de pele mais escura estão mais sujeitas a desenvolver melasma.

2. Cloasma gravídico ou “pano da gravidez”

Estas manchas de hiperpigmentação são mais frequentemente nas mulheres e surgem, muitas vezes, durante a gravidez devido às alterações hormonais. Nesta altura assumem o nome de cloasma ou “pano da gravidez”. Aparecem em toda a face, na zona da testa, têmporas, nariz, maçãs do rosto, lábios e queixo, sob a forma de pequenas manchas castanhas irregulares com limites precisos. As manchas podem estar localizadas na Epiderme sendo mais fácil e rápido de tratar, ou na Derme que, para ter resultados, são necessários procedimentos mais específicos. A face adquire um género de pontilhado pigmentar. Como a causa da hiperpigmentação deste tipo de melasma é transitória, em princípio, as manchas na pele irão desaparecer alguns meses depois do parto. Estudos indicam que mais de 70% das grávidas têm cloasma.

3. Vitiligo

Atingindo apenas 1% da população, o vitiligo é uma doença que provoca a despigmentação progressiva da pele, traduzindo-se em manchas bem delimitadas na pele em zonas características, de tom leitoso causando uma tonalidade branca, sem cor - Hipopigmentação. As causas não são ainda claras, no entanto, associam-se regularmente a doenças autoimunes, nomeadamente, da tiroide, artrite reumatoide ou diabetes. Pode aparecer em qualquer idade, na mulher e no homem, e em qualquer etnia. As áreas mais afetadas são as pálpebras, cantos da boca, linha da barba, mamilos, linha média do abdómen, umbigo e genitais.

4. Micose superficial da pele

Se apresenta manchas na pele (ou máculas) de cor esbranquiçada num tom mais claro do que o seu tom de pele, isso pode ser sinal de uma micose superficial da pele ou Pitiríase Versicolor (nome científico), vulgarmente chamada "pano branco". Esta despigmentação da pele é provocada por um fungo (malassezia) naturalmente presente na pele humana, sobretudo em zonas com maior oleosidade, como o tronco e a face. Este problema, que se associa ao calor e à humidade, provoca ainda descamação e, por vezes, comichão.

A micose da pele não se "apanha" na praia ou na piscina, não é contagiosa, não tem qualquer relação com os hábitos de higiene e tem tratamento fácil.

A melhor forma de combater a micose da pele é mesmo a prevenção:

• Utilize, no rosto, um protetor solar com fator de proteção muito elevado (SPF 50) e renove a aplicação a cada duas horas ou sempre que se molhar ou transpirar;

• Evite fazer esfoliações demasiado agressivas, principalmente antes da exposição solar.

Diagnóstico e tratamento das manchas na pele

Em caso de aparecimento de manchas na pele, o dermatologista é o especialista indicado para fazer o diagnóstico, excluindo outras doenças que podem determinar alterações da pigmentação, como lentigo solar ou do envelhecimento (manchas da idade), micoses (caso da tinha do corpo ou "impingem"), fotodermatose (como a alergia ao sol), lúpus ou mesmo melanoma (cancro de pele).

O tratamento das manchas na pele, e a sua prevenção, passam por:

• Aplicação de protetor solar, a base de qualquer tratamento;

• Cremes/séruns de aplicação tópica (no caso de melasma);

• Medicamentos antifúngicos orais ou sistémicos (no caso da micose da pele).

• No cloasma gravídico, pode não ser necessário ir além da foto proteção.

• Já o vitiligo responde bem ao tratamento de repigmentação parcial das áreas afetadas.

Prevenção

A primeira fase passa pela proteção através de um Filtro de Proteção Solar, de preferência alto (FPS 50) para impedir a produção anormal de melanina. Mas, também existem soluções dermatológicas e cosméticas no mercado que atenuam a produção de melanina, enquanto conferem outros benefícios indispensáveis ao cuidado diário do rosto.

Tratamento

Embora esta condição clínica surja sobre a pele, a autoestima da pessoa é afetada, sobretudo em casos mais extremos da Hiperpigmentação ou da Hipopigmentação. É importante agir na fase inicial dos sinais para impedir a progressão.

O recurso a produtos despigmentantes, existentes em farmácia, que atuam sobre as células de melanina reduzindo a sua produção e eliminando o excesso desta, atenuam as manchas deixando a pele mais clara.

Mas é necessário ser persistente, uma vez que as manchas não surgem de repente e também não desaparecem de um dia para o outro. A fim de evitar recidivas deve manter-se os cuidados ao longo de todo o ano. Para disfarçar, pode ser usada maquilhagem, sobretudo na face.

Neste caso a ajuda da sua Farmácia para selecionar um produto adequado para si é fundamental e o seu farmacêutico, após avaliar o seu caso, pode mesmo recomendar uma consulta com o dermatologista caso se justifique.

A Bemecare deixa-lhe algumas recomendações de produtos adequados às suas necessidades e que o ajudarão no combate e prevenção das manchas na pele:

Proteção Solar:

Nuxe Sun Fluido Ligeiro Manchas SPF5O 50ml

Nuxe Sun Fluido Ligeiro Manchas SPF5O é um fluído ligeiro de rosto de alta proteção SPF50, protege a pele dos raios UVA e UVB, age contra o envelhecimento celular e previne o aparecimento de manchas de pigmentação.