A Dermatite Atópica trata-se de uma doença cutânea crónica, pruriginosa e inflamatória, que ocorre mais frequentemente em crianças, mas também afeta muitos adultos: a manifestação é mais comum no primeiro ano de vida.
A Dermatite Atópica surge associada a uma disfunção da barreira epidérmica com aumento da perda de água transepidérmica e a uma resposta imunitária inadequada aos alergénios em contato com a pele, o que provoca uma inflamação cutânea. No doente ou nos familiares, para além das manifestações cutâneas ao longo da vida, é frequente o aparecimento de asma e/ou rinite alérgica. O fator de risco genético mais relevante é a mutação do gene da Filagrina, uma proteína estrutural epidérmica crucial. A deficiência no gene da Filagrina pode provocar uma anomalia na barreira epidérmica e predispor ao desenvolvimento de dermatite.
Em 1960, a atopia afetava 5-10% da população, hoje este número está na casa dos 10-20%.
Evolui por ciclos, com períodos de acalmia a alternarem com outros de maior intensidade, podendo o stress, a exposição a temperaturas extremas e poluição ou produtos irritantes, desencadear os sintomas. A sensibilização a alérgenos ambientais como ácaros, pólenes, fungos e pelos ou resíduos de pele de animais coexiste frequentemente podendo em alguns doentes piorar os sintomas.
· Pele seca, com comichão, vermelhidão e descamação, associadas à irritação.
· Nos bebés começa por se manifestar no couro cabeludo e no rosto, especialmente nas bochechas, podendo manifestar-se também em todo o corpo.
· Tende a evoluir com a idade para as zonas de flexão como a dobra dos cotovelos e dos joelhos, pescoço, pulsos, tornozelos e/ou pregas entre as nádegas e as pernas, tornando-se localizada.
· Um dos problemas que agrava a situação é a tendência para coçar, o que acentua a irritação provocando mais comichão e tornando assim a pele mais vulnerável a agentes infeciosos como as bactérias e vírus.
· Fase infantil – surgem lesões avermelhadas, descamativas, com crostas e intenso prurido. As faces extensoras das articulações, como cotovelos e joelhos, o rosto e o couro cabeludo são os locais mais afetados. Podem surgir pequenas vesículas purulentas.
· Fase pré-puberdade - além da vermelhidão e do prurido intenso, é também muito comum um espessamento da pele em forma de placas ásperas nas faces flexoras das articulações, como a dobra do cotovelo e a dobra do joelho. Surge também no pescoço, punhos e tornozelos. A pele fica bastante ressequida sendo comum as feridas provocadas pelo ato de coçar.
· Fase adulta - as lesões da Dermatite Atópica tendem a ser espessadas e pruriginosas. O eczema pode ficar restrito às mãos e aos pés, mas o pescoço, a dobra do cotovelo e do joelho também são aéreas frequentemente acometidas. Outro sinal comum é o ressecamento difuso de toda a pele.
Um dos problemas que agrava a situação é a tendência para coçar pois acentua a irritação e provoca mais comichão, tornando assim a pele mais vulnerável a agentes infeciosos como as bactérias e vírus.
A persistência do prurido perturba a vida quotidiana e provoca por vezes perturbações do sono e ansiedade, o que também pode causar alterações do humor.
· Identificar as substâncias que desencadeiam sintomas e evitá-las.
· Reduzir o tempo do banho e use água morna em vez de quente. A água quente e os banhos longos removem os lípidos da pele (responsáveis por proteger a pela da desidratação).
· Utilizar para o banho produtos hipoalergénicos com propriedades apaziguantes e agentes de limpeza suaves e sem sabão, de ph neutro ou ligeiramente ácido, sem possuírem fragrâncias.
· Após a higiene, secar a pele com uma toalha macia cuidadosamente sem esfregar.
· Hidratar a pele diariamente com produtos que contenham substâncias hipoalergénicas hidratantes e nutritivas.
o A hidratação cutânea é um componente-chave do tratamento global da Dermatite Atópica devido à superior perda de água transepidérmica. Os hidratantes amaciam a pele através do aporte de lípidos exógenos e reduzem a perda de água por formação de uma camada oclusiva, reduzem a secura e a inflamação cutâneas, bem como o prurido. Constituem assim a base da terapêutica e podem permitir diminuir o uso de corticosteroides, sendo úteis tanto em prevenção, como em tratamento.
· Evitar coçar as lesões e manter as unhas curtas e limadas.
· Preferir roupas de algodão e lavá-las com detergente para pele sensível, enxaguando bem para remover todos os restos. As roupas que contactam diretamente com a pele, inclusive os lençóis, devem ser de tecido macio e confortável (por exemplo algodão).
· Evitar ambientes muito aquecidos e secos.
O principal tratamento para a Dermatite Atópica é realizado com cremes de corticóides durante as crises e tratamentos de manutenção, com substitutos do sabonete para limpeza e aplicação regular de cremes emolientes.
As pomadas são mais ricas em lípidos, proporcionam maior hidratação e oclusão e são úteis para o tratamento de zonas secas e espessas.
Os cremes com um conteúdo lipídico intermédio são melhores para áreas extensas.
As loções, que têm um elevado conteúdo de água, podem ser utilizadas para apaziguar ou secar lesões fortemente inflamatórias e exsudativas.
Os cremes espessos com elevado conteúdo lipídico e baixo teor água, são os hidratantes de escolha. Entre estes estão os agentes oclusivos, como a vaselina sólida ou líquida, e são os hidratantes de primeira escolha por se exporem a menos efeitos adversos. A inclusão nos hidratantes tópicos de agentes humectantes, como a ureia, o glicerol e o ácido láctico, pode incrementar a retenção de água no estrato córneo. Alguns produtos incluem também ceramidas ou ácidos gordos essenciais.
Os hidratantes devem ser usados liberalmente em todo o corpo pelo menos duas vezes por dia e mais frequentemente ao longo do dia nas mãos e na face. Devem ser aplicados imediatamente após o banho, quando a pele está bem hidratada.
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